Gazeta Médica da Bahia, No 79 (143)

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BCG NA VACINAÇÃO CONTRA LEISHMANIA

Ivan Pereira Nascimento, Carolina Gandara Rosa, Yurgan Targe Passos Santana, Manuel Soto, Manoel Barral-Netto

Resumo


A despeito das numerosas informações disponíveis sobre a genética e biologia da Leishmania, dos aspectos imunológicos
da doença e da relação entre o parasita, o vetor e o hospedeiro, a partir de estudos experimentais e clínicos, não há
vacinas efetivas contra diferentes espécies de Leishmania. De acordo com estimativas da Organização Mundial de
Saúde (OMS), 90% dos casos de leishmaniose visceral ocorrem em cinco países, entre estes se encontram o Brasil
e a Índia, sendo que a doença está concentrada nas camadas mais pobres destes países. Além das medidas de controle
adotadas nestes países, o desenvolvimento de uma vacina deve também ser um objetivo importante para controlar
esta enfermidade. Dentre as diversas formas de apresentação de antígenos ou candidatos vacinais contra Leishmania
o uso da vacina BCG sempre mereceu um destaque especial. Inicialmente utilizada como um potente adjuvante
acompanhando as formulações vacinais a partir de parasitos mortos. Atualmente projeta-se o uso da BCG como um
veículo vivo para apresentação de antígenos heterólogos, explorando assim, as propriedades intrísicas da vacina
BCG e abrindo novas perspectivas para a produção de vacinas recombinantes.
Palavras-chave: Leishmania, BCG, BCG recombinante, vacina, saliva de flebotomíneo.

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